segunda-feira, 29 de novembro de 2010
29 de novembro: Dia de Solidariedade ao Povo Palestino!
Confira a programação completa: http://somostodospalestinos.blogspot.com/
Poema de decepção
que mais me dói é o amor.
O amor de dar,
de receber.
O amor que me exige
o aceitar,
o aceitar-se
e o aceitar do mundo
e da vida
como ela se dá.
Para mim, a experiência da carne
que mais me dói é o amor.
O amor da recusa,
o amor do não,
da morte cotidiana
e do suicídio.
O amor da submissão
e do fim.
Para mim, a experiência da carne
que mais me dói é o amor.
O amor que sangra,
aquele que me arde,
que me abre as feridas.
O amor que crava
as podres unhas na pele
e arranha no corpo e na alma
até que a carne se torne alma
e que a alma se torne carne.
Até que tudo se torne poesia.
Para mim, a experiência da carne
que mais me dói é a poesia.
Ellen Berezoschi
simples assim
Ah quem dera se tudo o que pensei sobre você se mantivesse intacto.
A força que move a alma
A força que transforma as batidas do peito
Vem do sofrer,
Se não há sofrer, não há movimento
Se não há o medo da perda, a alma não chora
E quando a alma não chora, a arte não (re)cria.
Ah, coraçãozinho triste,
Coração egoísta, peça perdão,
Peça a mão, de quem não ama a solidão.
sábado, 27 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Certezas
Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.
Mário Quintana
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
vini
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.