quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Um poeta cria versos
Delirantes e precisos
Navega seus universos
Mais distantes e perdidos

Construindo sua obra
Da arte que brota bruta
Com o talento que lhe sobra
Aflora a flor e gera a fruta

Enxerga o oculto brilho das letras
Códigos de um repente que lampeja
Sabe sentir o gosto das palavras
Doces às vezes, noutras amargas

Cheira o perfume da rima
Lúdica em sua rara essência
Torna perene a obra prima
Nascida em plena adolescência

Toca o extremo de todos os versos
Com seus poderes singulares
E ouve a harmonia das estrofes
Nos mais remotos lugares

Com todos os seus sentidos
Aborda inteira a poesia
Deusa dos saberes escondidos
Na plenitude da utopia

Faz de um poema adolescente
A emoção viril e terna
Que há contida em toda a gente
Por essa vida e pela eterna

Heldemarcio Ferreira

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